Recebemos e, pela gravidade do fato que envolve não só este
caso de desmonte da Universidade Metodista de São Paulo, mas também todo o
sistema educacional brasileiro, divulgamos os documentos abaixo, com nossa
adesão e manifestação de repúdio
CARTA ABERTA À SOCIEDADE DOS ALUNOS DO PROGRAMA DE
PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UMESP SOBRE O DESMONTE DA UNIVERSIDADE
METODISTA DE SÃO PAULO
A Universidade Metodista de São Paulo, instituição de ensino
entre as mais respeitadas no país, demitiu, a partir de 7 de dezembro, mais de
60 professores em nome do que denomina “saneamento” necessário. Os cortes
ocorreram sem qualquer reunião prévia – e mesmo posterior - com os estudantes e sem um comunicado oficial
para informar os motivos e de que forma a comunidade acadêmica seria afetada
por tais medidas.
No Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PósCom),
os cortes foram responsáveis pelo desmonte de um programa prestes a completar
40 anos de vida e referência nacional e internacional em nossa área. O corpo
docente contava com 11 professores. Destes, 5 foram demitidos e 3 optaram por
sair por conta do desmantelamento de um projeto que ajudaram a criar. Com essas
saídas, o programa ficou com apenas 3 docentes.
Mesmo que a gestão atual da Umesp contrate novos
professores, consideramos impossível a reconstrução do PósCom dentro dos
padrões de excelência educacional e de pesquisa praticados antes das demissões.
Um novo Programa poderá ser até criado, mas será completamente diferente
daquele reconhecido nos mercados nacional e internacional e que foi escolhido
pelos atuais alunos e recém aprovados no processo seletivo.
Se a Umesp sinaliza tratar um projeto de educação como um
mero produto, cabe ressaltar que não foi este o “produto” escolhido por nós
discentes. Escolhemos um Programa de excelência construído e formado pelos
docentes e pesquisadores: Elizabeth Gonçalves, Cicília Peruzzo, Daniel Galindo,
Herom Vargas, José Faro, José Marques de Melo, Marli dos Santos, Magali Cunha,
Paulo Rogério, Sebastião Squirra e Wilson Bueno. Um corpo docente, ressaltamos,
reconhecido no mercado por sua trajetória, produção acadêmica, dedicação a nós
pesquisadores no que diz respeito tanto à condução das respectivas disciplinas
como no processo de orientação. Este foi o corpo docente que nos atraiu para a
Universidade Metodista de São Paulo e pelo qual optamos.
Nosso acesso a esta respeitada Universidade se deu por meio
de muito esforço para vencer o processo seletivo. Nós a escolhemos dentre
outras instituições igualmente respeitadas em razão de um projeto de educação e
do corpo docente responsável por ele - o Programa que nos foi oferecido, que
queremos, fizemos por merecer, e, vale ressaltar, que pagamos por ele.
Muitos de nós esperamos pela chance de contar com a
disponibilidade de uma vaga para a orientação com esses docentes, conhecidos
pelo alto padrão na pesquisa, no ensino e na extensão, renomados dentro e fora
do Brasil. Entendemos que uma instituição tem o direito de demitir seus
profissionais. Mas, neste caso, não se tratou de uma única substituição, mas de
um Programa inteiramente desmontado – de forma arbitrária, não negociada,
autoritária, imposta e sem passar pelos Órgãos Colegiados.
Em mais uma prova de desconsideração da gestão atual da
Umesp, esta abriu um processo seletivo para novos alunos se inscreverem no
PósCom 15 dias antes da primeira demissão. Além disso, iniciaram o período de
matrícula para os alunos que já faziam parte do Programa, disponibilizando
especificamente para as disciplinas oferecidas os professores que seriam
demitidos poucos dias depois, como comprovam os atestados de matrícula de
muitos alunos. Má fé? No mínimo!
Com o desmonte do PósCom, dos 98 alunos atuais, 77 estão sem
orientador nesse momento e 20 vão defender suas dissertações e teses até
fevereiro próximo, sem contarem com qualquer tipo de orientação e sem saberem
quem irá compor suas bancas. A gestão atual da Umesp alega que tal situação
neste momento não compromete o trabalho uma vez que se trata de um período de
férias. Nós, porém, sempre contamos com a participação efetiva dos professores
– sempre envolvidos e prestando orientação a seus alunos independentemente da
época do ano.
Não aceitamos isso como desculpa!
Quando fazemos um mestrado ou um doutorado, escolhemos um
orientador de forma meticulosa e planejada, baseando-nos em sua trajetória. Com
ele, estabelecemos desafios profissionais e teórico-metodológicos, mas,
principalmente, criamos laços afetivos e construímos parcerias que se refletem
na qualidade da pesquisa empreendida. Mais do que uma relação meramente
pedagógica, trata-se de um compromisso assumido por ambas as partes e que
resulta em dissertações e teses que ajudam a sistematizar e a consolidar o
conhecimento científico de nossa área.
A demissão de nossos orientadores pode levar a rupturas de
nossos projetos e a influenciar negativamente o processo de construção e de
entrega dos trabalhos. Além disso, as demissões no PósCom podem eliminar os
grupos de pesquisa que muitos de nós alunos fazíamos parte e que geravam
credibilidade e renome à Instituição.
Desde que o desmonte foi iniciado, a gestão atual da Umesp
não dialoga com os alunos de forma coletiva. Nas vezes em que ocorreram encontros
não foi dado qualquer esclarecimento e, a cada questionamento, as respostas
foram evasivas e incongruentes. Somos um
coletivo unido. Não nos imaginavam tão fortes. Conquistamos ampla repercussão
na mídia. Estamos mobilizados. E vamos lutar pelos nossos direitos de todos as
formas possíveis.
São Bernardo do Campo, 22 de dezembro de 2017
Grupo de estudantes do Programa de Pós-Graduação em
Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo
Ao Conselho de Administração da UMESP
Dos Conselheiros do Conselho Nacional de Educação
Preocupam-nos os acontecimentos expostos na imprensa nacional acerca da
expressiva demissão de professores do corpo docente da Universidade Metodista
(UMESP), campus de São Bernardo/SP. Há informações sobre demissões após
legítimas manifestações de insatisfação de docentes por conta de atrasos nos
vencimentos, bem como por declaração contrária a fechamentos de cursos e outros
prejuízos pedagógicos e educacionais para a Universidade e para o corpo
discente, sobretudo na pós-graduação. Sabe-se que a Escola de Comunicação,
Educação e Humanidades, seus cursos de graduação e pós-graduação e seus
docentes inspiram preocupação haja vista a sua situação dramática.
A Constituição Federal de 1988, Art. 5o, expressamente regula o direito e a
liberdade de expressão (IV), de reunião (XVI), e de associação (XVII), assim
como o Art. 207 instituiu no país a "autonomia universitária",
visando justamente a capacidade de autodeterminação e autonormação, tendo em
vista as finalidades gerais da Universidade, qual seja, a indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão.
A legítima manifestação dos docentes contra a "redução de carga
horária" e contra o "fim da autonomia universitária" é amparada
pela legislação, e constitui indício da qualidade do corpo docente da UMESP e
do seu compromisso com a qualidade do ensino e os serviços prestados pela
Universidade, que tantas contribuições já trouxe ao país.
E causa ainda perplexidade a demissão do Prof. Luiz Roberto Alves, tendo em
vista a sua extensa prestação de elevadíssimos serviços à UMESP e ao país,
tendo ocupado cargos de relevância local, regional e nacional, a exemplo da
Secretaria de Educação de São Bernardo e do Conselho Nacional de Educação, onde
foi Presidente da Câmara de Educação Básica. Intelectual brilhante, pesquisador
dedicado e cidadão íntegro, devotado à causa da educação nacional e seus
desdobramentos para os destinos do país, Luiz Roberto Alves é merecedor de
estima e respeito pelos que consideram a educação elemento chave na
constituição de um país fraterno e solidário.
Em pese a gravidade do cenário econômico no país, a educação deve ser vista
como a solução para os nossos problemas. E sem educadores do porte de Luís
Roberto Alves, essa tarefa fica ainda mais distante e difícil de ser plenamente
equacionada.
Pelos motivos expostos, solicitamos revisão das demissões, e conclamamos a
UMESP a dialogar com os docentes e alunos na busca por soluções que não
signifiquem abrir mão do patrimônio arduamente construído ao longo de décadas.
Perde a UMESP, perdem seus alunos, perde a educação, perde o Brasil.
Arthur Roquete de Macedo
Francisco César de Sá Barreto
Gilberto Gonçalves Garcia
Ivan Cláudio Pereira Siqueira
Joaquim José Soares Neto
José Francisco Soares
José Loureiro Lopes
Malvina Tania Tuttman
Márcia Angela da Silva Aguiar
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