Carlos Vinícius Várhidy*
Quinta-feira, chuvosa, 3 de março de 2016. Na cidade
andreense, nos dirigimos para a Audiência pública para debater a crise do
Centro Universitário Fundação Santo André.
Ao entrar no nosso Plenário municipal onde trabalham os
vereadores eleitos pelos populares de maneira direta e democrática, nos deparamos
com muitos alunos e professores dessa Instituição, ansiosos para o início da
Audiência.
Vemos gerações e gerações que estudaram na instituição e que
agora são os responsáveis por formar muitas pessoas nos mais variados campos
profissionais. Suas identidades refletem o amor que nutrem pela faculdade.
A professora Marilena Nakano durante a Palavra Aberta à
População da sessão da Câmara, esclarece os vereadores sobre a situação da
faculdade, a dificuldade que ela, seus colegas e os alunos vêem passando dia
após dia, na terrível incerteza de não receberem seus pagamentos e até mesmo da
tristeza da falta de diálogo com os órgãos governamentais para discutirem sobre
essa crise.
Um aluno, representante do Diretório Acadêmico Honestino
Guimarães, também realça o comentário da professora e aponta o lado dos
estudantes em relação a tudo isso.
Encerrada a sessão do dia, depois de um tempo, é declarada
aberta a Audiência Pública convocada pelos professores e alunos onde se
esperava a presença do Excelentíssimo Senhor Carlos Grana, prefeito de Santo
André, da reitora do Centro Universitário Fundação Santo André, Professora
Leila Modanez e de outras autoridades para responder questionamentos acerca da
dívida de 28 milhões que a Prefeitura de Santo André tem com a Instituição.
Infelizmente, a Audiência começa sem a presença dos
vereadores, excetuando os vereadores Luiz Zacarias que a presidiu e
posteriormente com a presença dos vereadores Ailton Lima e Donizete. O prefeito
Carlos Grana não se fez presente e não deu justificativa de sua ausência, muito
menos mandou um representante para compor a mesa.
A reitora do Centro Universitário designou o Professor
Maurício Magro, Pró-Reitor Pós Graduação, Pesquisa e Extensão para
representá-la, pois a mesma não poderia comparecer. Na mesa junto ao presidente
e ao representante da reitoria, estavam um dos alunos, membro do Diretório
Acadêmico, um membro do Sindicato dos Professores e a professora Marilena
Nakano.
No plenário onde deveriam estar nossos vereadores, os
diretores dos 3 prédios que compõem o Centro Universitário Fundação Santo
André, o vereador Ailton Lima e mais alunos representantes.
Muitas falas, desabafos e perguntas foram feitas sobre que
medidas tomar com toda essa crise, mas como foi uma audiência, só pensamos nos
próximos passos da caminhada.
Ressaltamos que não
estando presente nem representada, nossa Prefeitura não poderá ter respostas a
todas essas incertezas que ainda a situação da faculdade terá.
O que tivemos de positivo de tudo foi a presença dos alunos
e professores que estão trabalhando juntos para reverter toda essa situação e
pedir os esclarecimentos devidos às autoridades.
Agora, como ex-aluno formado no ano de 2013 por aquela
Instituição, devo dizer que me entristeço pelo descaso das autoridades municipais
em relação ao pedido de ajuda a essa grande Faculdade. Igualmente, também como
cidadão, me entristeço de ver a falta de diálogo. O que nos motivam são esses alunos e
professores buscando juntos, a melhoria do ensino e da qualidade da faculdade.
Não podemos deixar o Centro Universitário Fundação Santo
André fechar suas portas depois de muitos anos, formando milhares de alunos e
preparando-os como profissionais que façam a diferença na sociedade.
* Professor, graduado em história
* Professor, graduado em história
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