Valdecirio Teles Veras
A cidade de Santo André, segundo consta, tem pouco mais de uma dezena de bens tombados pelo CONDEPHASA, entre eles uma
edificação dos anos 20 do século passado, chamada Villa Rosa, imóvel que
pertenceu à família Ângelo Vezzá. Fica no número 141, da Av. Portugal, próximo
ao marco zero de município. O local é
privilegiado pois fica entre as principais edificações da urbe andreense, como
os Correios, Prefeitura, Forum, Receita Federal e o tradicional clube 1º de
Maio. A construção longe de possuir a mesma imponência desses edifícios,
representa um padrão residencial da então nascente burguesia local, “modelo
construtivo” comum no início da época. Também está situada próxima à estação construída
pela São Paulo Railway, ferrovia que
liga as cidades de São Paulo e Santos.
A edificação continuou teimando em se manter na
avenida Portugal, vencendo a voracidade da especulação imobiliária. Em 1992 foi
tombada pelo Patrimônio. Não poderia ser demolida. Até que a especulação ou
engenhosidade imobiliária vencesse encontrando uma solução salomônica para o
caso. Um prédio foi construído preservando a casa, agora área comum de um condomínio comercial comercializado sob a
denominação de “Sala VILLA ROSA, ou seja, um marco histórico incorporado ao "empreendimento".
O caso não é novidade, pois há exemplos idênticos onde
foi adotado este tipo de solução, como é o caso da Casa das Rosas em São Paulo,
onde a edificação original hoje funciona
como centro cultural.
Assim, no caso da VILLA ROSA, espera-se que seja
repetido o que ocorreu com a sua xará de
São Paulo, dando-lhe uma destinação similar,
que vai muito além do Empresarial VILLA ROSA respeitando-se o “charmoso
diferencial do empreendimento, contemplando eternamente um "marco
histórico da cidade”, como consta do catálogo publicitário, mas que isto seja
condição sine-que-non para concessão do
“habite-se”.
excelente post!
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