Valdecirio Teles Veras
No período que apelidaram de “chumbo” surgiram alguns jornais que faziam frente aos grandes da imprensa burguesa. Eram os nominados “nanicos,”, o mais destacado deles foi o Pasquim. Outros veículos de comunicação surgiram como a Tribuna Metalúrgica que completou 40 anos de existência neste julho. O jornal nasceu da necessidade do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, hoje Metalúrgicos do ABC, dialogar com seus associados e como melhor organizá-los no chão da fábrica. Tarefa difícil que importava em vencer as barreiras impostas pela classe patronal e o ambiente ditatorial que vivenciava o país onde as liberdades democráticas não eram respeitadas. A empreitada foi vitoriosa, prova disso foram as greves levando a mudanças políticas e trabalhistas.
Com o mesmo propósito Comissões de Fábricas também publicam boletins informativos, como é o caso do boletim da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores da Ford que festejou seus 30 anos em julho e nasceu para transformar as relações de trabalho.
Publicações como o ABCD Maior (cinco anos) o Brasil de fato (9 anos) Revista do Brasil (5 anos) continuam como um oasis resistindo neste grande deserto formado pelos jornais representativos do grande capital, nem sempre nacional, aliado a interesses não coletivos.
A imprensa, cognominada como “quarto poder”, que julga e condena inocentes, deve ficar alerta, pois gigantes, assim como Golias, podem encontrar pela frente um Davi. Exemplo disso é a penetração dos blogs e dos jornais citados, uma mídia nada desprezível.
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