quinta-feira, 4 de agosto de 2011

No fim do túnel ainda há comunicação

Valdecirio Teles Veras
         No período que apelidaram de “chumbo” surgiram alguns jornais que faziam frente aos grandes da imprensa burguesa. Eram os nominados “nanicos,”, o mais destacado deles foi o Pasquim. Outros veículos de comunicação surgiram como a Tribuna Metalúrgica que completou 40 anos de existência neste julho. O jornal nasceu da necessidade do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, hoje Metalúrgicos do ABC, dialogar com seus associados e como melhor organizá-los no chão da fábrica. Tarefa difícil que importava em vencer as barreiras impostas pela classe patronal e o ambiente ditatorial que vivenciava o país onde as liberdades democráticas não eram respeitadas. A empreitada foi vitoriosa, prova disso foram as greves levando a mudanças políticas e trabalhistas. 
     Com o mesmo propósito Comissões de Fábricas também publicam boletins informativos, como é o caso do boletim da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores  da  Ford que festejou seus 30 anos em julho e nasceu para transformar as relações de trabalho.
     Publicações como o ABCD Maior (cinco anos) o Brasil de fato (9 anos) Revista do Brasil (5 anos) continuam como um oasis resistindo neste grande deserto formado pelos jornais representativos do grande capital, nem sempre nacional,  aliado a interesses não coletivos.
          A imprensa, cognominada como “quarto poder”, que julga e condena inocentes, deve ficar alerta, pois gigantes, assim como Golias, podem encontrar pela frente um Davi. Exemplo disso é a penetração dos blogs  e dos jornais citados, uma mídia nada desprezível.

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