Neusa Borges
Num mundo cada vez mais globalizado, a cultura é uma questão estratégica para que possamos manter alguma forma de autodefesa da nacionalidade e sua permanência. Portanto, não podemos aceitar que ela seja tratada como se fosse um mero adorno.
Nas últimas eleições, contudo, muitos candidatos expuseram suas propostas para melhorar a saúde, segurança e educação. No entanto, a cultura (mais uma vez) foi tratada com superficialidade.
Hoje as campanhas estão dominadas por um marquetismo perigoso. Ou seja, encomendam-se pesquisas para ver quais são os desejos do povo, e como questões sobre saúde, segurança e educação são as mais cobradas pela população, não é preciso muito esforço para entendermos o motivo de a cultura ficar de fora do debate político.
Houve até candidatos que falaram sobre o poder da cultura para tirar os jovens da marginalidade; outros discorreram sobre a importância das atividades artísticas em salas de aula, como espécie de ferramenta para ajudar na educação. Porém, nenhum espaço foi dedicado para se debater a cultura como algo, por si, importante, e não especialmente para tratar das mazelas sociais.
Dotado de espírito e não sendo apenas um animal que trabalha, a única razão que justifica o investimento estatal na cultura é o direito do cidadão ao seu crescimento como ser humano, ao usufruto de bens culturais que seu país produz.
Em geral, nas épocas eleitorais, o tema resume-se a reuniões festivas com artistas e os candidatos, em que são feitas promessas como “teremos mais recursos para a cultura”, incentivos e fomentos.
O fato é que a política fica excessivamente presa aos interesses dos produtores de cultura, esquecendo-se de que a cultura faz parte da vida de todos os seres humanos e é um movimento maior do que a arte.
O dramaturgo Augusto Boal dizia: “Somos todos produtores culturais, desde as estrelas de tevê até os camponeses do Acre, Rondônia e Roraima”.
Nas últimas eleições, contudo, muitos candidatos expuseram suas propostas para melhorar a saúde, segurança e educação. No entanto, a cultura (mais uma vez) foi tratada com superficialidade.
Hoje as campanhas estão dominadas por um marquetismo perigoso. Ou seja, encomendam-se pesquisas para ver quais são os desejos do povo, e como questões sobre saúde, segurança e educação são as mais cobradas pela população, não é preciso muito esforço para entendermos o motivo de a cultura ficar de fora do debate político.
Houve até candidatos que falaram sobre o poder da cultura para tirar os jovens da marginalidade; outros discorreram sobre a importância das atividades artísticas em salas de aula, como espécie de ferramenta para ajudar na educação. Porém, nenhum espaço foi dedicado para se debater a cultura como algo, por si, importante, e não especialmente para tratar das mazelas sociais.
Dotado de espírito e não sendo apenas um animal que trabalha, a única razão que justifica o investimento estatal na cultura é o direito do cidadão ao seu crescimento como ser humano, ao usufruto de bens culturais que seu país produz.
Em geral, nas épocas eleitorais, o tema resume-se a reuniões festivas com artistas e os candidatos, em que são feitas promessas como “teremos mais recursos para a cultura”, incentivos e fomentos.
O fato é que a política fica excessivamente presa aos interesses dos produtores de cultura, esquecendo-se de que a cultura faz parte da vida de todos os seres humanos e é um movimento maior do que a arte.
O dramaturgo Augusto Boal dizia: “Somos todos produtores culturais, desde as estrelas de tevê até os camponeses do Acre, Rondônia e Roraima”.
Podemos almejar um país economicamente desenvolvido, mas o crescimento precisa acontecer com alma, o que evidentemente passa por colocar a cultura no centro do debate político.
Se almejamos realmente nos tornarmos um país de primeiro mundo, não podemos deixar que a cultura seja tratada como algo supérfluo. Parabéns, Neusa, pelo seu oportuno artigo!
ResponderExcluirNós leitores precisamos adquirir a cultura de cobrar cultura dos políticos.
ResponderExcluirMe desculpe, más cultura a gente não cobra de políticos, más de nós mesmos a ter determinação a adquirir né
ResponderExcluiruniversidade federal tá aí, deve se dedicar